Mais que sintomas: como preservar a vida ativa com Esclerose Múltipla

Mais que sintomas: como preservar a vida ativa com Esclerose Múltipla

30 de maio é o Dia Mundial da Esclerose Múltipla (EM), uma data para lembrar que viver com a doença vai além dos sintomas. Trata-se de preservar funções, adaptar rotinas e cultivar autonomia. A EM não é uma sentença de limitação — é um convite ao cuidado contínuo, com informação, escuta especializada e estratégias personalizadas de reabilitação.

A fisiatria, enquanto especialidade médica da reabilitação, traz uma perspectiva que vai além da doença: prioriza funcionalidade, independência e qualidade de vida, mesmo diante de condições crônicas e progressivas. Aqui, vamos olhar para a Esclerose Múltipla com uma lente mais ampla: corpo, mente, cotidiano e relações.

Reabilitar é preservar o movimento, a mente e a identidade

A Esclerose Múltipla é uma condição neurológica crônica marcada pela inflamação da mielina, estrutura que reveste e protege os neurônios. Afeta o sistema nervoso central e pode causar fadiga intensa, espasmos musculares, alterações motoras, cognitivas e sensoriais — cada pessoa manifesta a doença de forma diferente. Mas há um ponto em comum: o impacto funcional na rotina.

Nesse contexto, a reabilitação é mais do que tratar sintomas. Ela busca recuperar ou manter capacidades, mesmo diante da progressão da doença. A abordagem deve ser ampla, integrada e centrada em cada paciente — e é aí que a fisiatria se torna peça-chave.

Intervenções funcionais no dia a dia:

🔹 Avaliação funcional detalhada e contínua para adaptar estratégias ao longo do tempo.
🔹 Fisioterapia motora e cinesioterapia para preservar equilíbrio, marcha e força muscular.
🔹 Terapia ocupacional para reorganizar a rotina e adaptar ambientes
🔹 Treino cognitivo e suporte emocional para lidar com oscilações de humor, memória e atenção.
🔹 Participação ativa da rede de apoio no cuidado — orientação, escuta e acolhimento.

Funcionalidade é autonomia

Muitas vezes, o foco no diagnóstico e no tratamento medicamentoso acaba deixando em segundo plano o que mais impacta o paciente no dia a dia: como ele se movimenta, trabalha, interage, descansa e sente o próprio corpo. A fisiatria atua justamente nessa lacuna: como permitir que o indivíduo continue a ser ele mesmo, apesar da doença?

Pequenas adaptações podem evitar quedas, diminuir o esforço, otimizar tarefas domésticas e preservar a independência. O fisiatra também avalia o momento certo de introduzir tecnologias assistivas, sem que isso represente uma perda, mas sim uma ampliação das possibilidades.

Uma abordagem que acompanha todas as fases da EM

A Esclerose Múltipla é imprevisível. Há períodos de estabilidade, surtos e progressões lentas. Por isso, o acompanhamento não deve ser reativo, mas contínuo.

A reabilitação, nesse contexto, vai além de uma fase do tratamento — representa uma forma de cuidar.

🔸 No início: foco em minimizar impactos e promover educação sobre a doença.
🔸 Durante a evolução: reavaliação de capacidades, ajustes terapêuticos e prevenção de complicações secundárias.
🔸 Em fases avançadas: conforto, mobilidade adaptada, suporte familiar e dignidade.

Conscientizar é também reabilitar

O Dia Mundial da Esclerose Múltipla não é apenas uma data de visibilidade. É um lembrete de que o acesso ao diagnóstico precoce, ao tratamento multidisciplinar e ao acompanhamento funcional muda vidas.

Informação salva funções, preserva vínculos e amplia horizontes. Quando falamos em EM, falamos também de inclusão, escuta, protagonismo e tecnologia a serviço da autonomia.

A informação é terapêutica. A reabilitação é transformadora.

📌 Quer saber mais sobre como a fisiatria pode ajudar no cuidado com a Esclerose Múltipla? Entre em contato e agende sua avaliação.